Reencontro

Eu não sei por qual linha de pensamento eu cheguei a vc enquanto tomava café. Detalhe: você com 4 anos de idade, pequenininho e correndo na sala da casa da sua vó, assim como sua irmã faz hoje. E então reparei que vinha pensando em você assim e vendo-o com claridade dentro da minha cabeça por muitas vezes, ultimamente. Vendo como se fosse uma lembrança, uma lembrança muito clara de alguém q nunca conheci assim.
Ao pensar nisso, me passaram idéias sobre experiências extra corpóreas, viagem no tempo, física quântica e o que mais suponhamos fazer durante o sono, e tive a impressão (impressão forte, quase certeza) de ter te conhecido criança enquanto tomava um chá com sua mãe ou seus avós. Nunca nessa existência, pois se você tem 4 anos, eu teria 3. Mas foi muito clara pra mim a experiência de observá-lo brincando, e até correndo pra mim, me dando um abraço e chamando pra brincar junto.
Pensando em todas essas suposições, que para alguns podem ser absurdas, mas que para mim se tornam cada dia mais óbvias (através de déjà vu, sonhos, memórias), senti com muita força que estávamos ligados para além desse momento, e desde antes. Quer seja pelo amor maternal que às vezes dispenso a você, por alguma experiência fora do tempo ou mesmo minha imaginação fértil e cinematográfica. Nesse momento quis dizer, com muita intensidade, que te amo e te quero bem. E que os nossos caminhos se cruzaram, não por destino, mas porque escolhemos esse caminho. Se haverá alguma bifurcação ainda não sei, mas nesse momento, se pudesse acessar minhas memórias mais ancestrais, diria que viemos até aqui pelo propósito de reencontrar.